sábado, 31 de janeiro de 2015
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Retalhos de uma noite
Ontem voltei a ver-te.
Senti o teu olhar a procurar-me numa sala cheia de gente...
Como é possível ainda teres esse poder sobre mim.
Raios... ainda me consegues fazer estremecer só com o olhar.
Numa fracção de segundos pensei: "Não sorrias por favor..."
Tarde demais... lançaste-me um sorriso que desarma até o exército norte americano.
Levantas o braço em sinal que queres conversar. Faço-te sinal para esperares, a aula está quase no fim...
Olho-te de soslaio, ainda consigo vislumbrar aquele menino por quem me apaixonei um dia, estás mais velho é certo, os cabelos vão começando a esbranquiçar, os ombros estão arqueados, afinal a vida também te pesou.
Como num filme, o passado passa-me à frente, sem legendas, só com imagens.
Nada do que tens para me dizer será novidade, conheço a tua conversa.
Que não me esqueceste, que me queres de volta, que sempre me amaste.
Mas a única coisa que vais conseguir é fazer renascer em mim a dor, a desilusão, a mágoa, a tristeza...
Olho-te mais uma vez, vejo-te triste... sinto-te perdido...
Saio apressada do ginásio, é tarde... estás parado na minha frente, numa mão seguras o cigarro quase apagado na outra o velho isqueiro roda à velocidade das batidas do coração.
Perguntas-me: Podemos falar?
Respondo: Hoje não, é tarde, estou cansada...!
Voltando para casa lembrei-me de um soneto da Florbela Espanca... que demonstra bem o que sinto.
"Ódio por Ele? Não ... Se o amei tanto,
Se tanto bem Ihe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida assim roubei todo o encanto,
Que importa se mentiu? E se hoje o pranto
Turva o meu triste olhar, marmorizado,
Olhar de monja, trágico, gelado
Com um soturno e enorme Campo Santo!
Nunca mais o amar já é bastante!
Quero senti-lo doutra, bem distante,
Como se fora meu, calma e serena!
Ódio seria em mim saudade infinda,
Mágoa de o ter perdido, amor ainda!
Ódio por Ele? Não... não vale a pena... "
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Conselhos maternos
[Ah e tal podias ter escolhido outra foto, pois podia... mas não tinha o mesmo impacto]
Cresci a ouvir a minha mãe a dizer-me sempre o mesmo:
" Usa sempre
roupa interior bonita! Se não o fizeres e te acontecer algo
(acidente/atropelada... que mãe simpática que tenho) e te levarem ao
hospital ainda vais morrer de vergonha com o que trouxeres vestido por
dentro..."
Eu tenho sérias duvidas que em qualquer uma das
situações em que me atirassem para dentro de uma ambulância a minha
maior preocupação fosse a roupa interior.
Mas em todo o caso é sempre
melhor aparecer no nosso melhor, seja em que condições for... Por isso
dou-lhe razão.
É melhor deixar as meias rotas, as cuecas desfiadas e os sutiãs desbotados de lado!
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
(Qualquer semelhança entre a foto e o texto é pura coincidência)
Estou só, nesta imensa praia Africana...
Rodopio, salto, danço...
Ao som do mar e ao compasso sensual das ondas, a água que molha meus pés é morna,
assim como a música que ouço lá ao fundo...
Sinto um corpo a envolver-me, forte, firme, cor de ébano...
Pega em minha mão e faz-me rodopiar, fico de frente para ele, e os olhos grandes e negros que me olham, são os mais lindos que já vi...
A sua boca semi aberta deixa adivinhar um sorriso tão meigo, que me deixou encantada!
Fiquei enfeitiçada, por este jovem príncipe africano!
Quando seus lábios, tocaram levemente a minha pele, eu não tive mais dúvidas...
O paraíso existe!
Delicadamente, as suas mãos começaram a deslizar, explorando cada milímetro do meu corpo, vigorosas, meigas, quentes...
Tão quentes como esta noite...
Tão quentes como a África...
Desnuda meu corpo e minha alma, e eu entrego-me sem resistência...
Nossos corpos movimentam-se ao som do mar, e ao ritmo da "Morna", que se ouve lá ao fundo...
Naquele momento, somos só dois seres unidos no desejo, que nos incendeia por dentro...
Dois amantes, sem idade, sem nacionalidade, sem cor!...
Ali, naquela praia...
Naquela noite...
Existiu paixão...
Fez-se Amor!
Lírio 2008
Encontro adiado
Combinamos assim...
Primeiro chegas tu, e logo a seguir eu, ou então chegamos em simultâneo, tanto faz!
E quando ficarmos frente a frente olhamo-nos nos olhos e sorrimos.
Aproximamo-nos devagar ou depressa, não vou prometer nada, logo se vê, mas de uma coisa tenho a certeza, não te darei um beijo na face, nem saberia como fazê-lo contigo.
Os narizes iriam chocar um com o outro para o mesmo lado, e os lábios perseguir-se-iam desenfreados...
Não!!
A sério, não consigo.
Pode ser um abraço apertado, uma palmada nas costas, um aperto de mão... sei lá, o que quiseres.
Pode até ser que te derrube com a excitação do momento e acabemos os dois por rebolar no chão, ou na água... em qualquer lugar.
Desde que caiamos juntos, tanto se me dá a confusão.
Agora um beijo na cara é que não!!
Desculpa, não consigo!
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Avó do meu coração
Se de repente a tua avó, que vive a mais de 3000 kms de distância te liga para te dizer que te arranjou um namorado isso é... no mínimo...incompetência amorosa!
E ficas com a certeza que bateste no fundo do poço, e de cabeça!
Das duas, uma, ou ela duvida das minhas capacidades, ou está a levar demasiado a sério as suas competências como avó.
Mas isso até nem seria o pior, visto que eu já por diversas vezes confessei a minha incapacidade neste assunto no que respeita a escolhas.
O mau mesmo, é que ela está a recuperar numa clínica, e qualquer fututo/pretenso candidato está com certeza ligado a uma qualquer área da saúde.
Ora bem... por estas alturas, a minha relação com a classe médica, assemelha-se muito à do Ministro Paulo Macedo, está no mínimo conturbada.
É nestas ocasiões que lamento o facto de não ter uma avó tradicional, daquelas que fazem compotas e vão ao domingo à missa.
sábado, 24 de janeiro de 2015
Só eu e a Lua
Sentada na praia, fixo o horizonte...
E assisto uma vez mais ao triste ritual, de ver o Sol esconder-se, e a Lua a aparecer...
Os eternos amantes, nunca se encontram...
Sinto-me invadir por um sentimento que não sei explicar...
Fico triste, por ela, por mim...
Mas admiro a sua coragem em brilhar todas as noites, mesmo tendo-lhe sido retirado o direito de amar!
Invejo o seu brilho, a sua alegria, a sua majestade...
Queria tanto ser como ela...
E não estar aqui sentada, a esperar por ti...
Perdi a conta ao tempo que espero por ti em vão, parece que foi ontem que partiste...
Mas pode ter sido há 10 anos, 1 ano, 1 mês... Não sei!
Sei que a espera é inútil, que não vens, mas gosto de olhar a Lua, o mar, o movimento das ondas...
Hoje a inspiração não chega e deixo cair o bloco e a caneta!
Fecho os olhos e respiro fundo!
O ar meio salgado, invade os meus pulmões, e inebria-me a alma...
Imagino tuas mãos a tocarem minha pele, num jeito meio atrevido... só teu!
Deixo-me levar por esse sentir imaginário... e deixo-te explorar cada canto do meu corpo carente de ti...
Encosto-me na areia, mas o que sinto é o calor do teu corpo, consigo escutar o pulsar do teu coração...
E, ali, naquela praia deserta, tendo somente a Lua como testemunha, eu entrego-me a um amor feito de fantasia e sonhos!
Abro os olhos, e a Lua está mesmo por cima de mim...
Olha-me com tristeza...
Duas lágrimas quentes, escorrem pelo canto dos meus olhos cansados, e caem sem vida na areia fria...
Esta noite, o bloco de notas volta em branco para casa...
Faltou inspiração...
Sobrou sentimento...
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Amizade colorida
Há
qualquer coisa de enigmático que se esconde por detrás da falsa indiferença que
ambos fazem questão de mostrar.
Talvez no indizível dos pensamentos...
É uma
espécie de jogo de sedução, mortalmente perigoso e cuja única regra se impõe
pelo silencio que a rege e algo me diz que nenhum dos dois se atreverá a
quebra-la, jamais!
Obrigados
a permanecer frente a frente, sem terem para onde fugir, não terão outro
remédio que não seja o de arriscar no jogo que servirá também para testar as
suas resistências. Por isso, serão jogadores mudos até ao resto da vida,
cientes de que nada mais haverá para ganhar, além daquilo que todos os dias
irão perdendo e que já conta desde o início, logo após o fim...
Trocaram
a amizade saudável que tinham por uma leviandade, por um capricho, por um
impulso, por uma paixão... e se algum dia ganharam, certamente que o peso da
perda será sempre maior do que o do ganho.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Atenção pessoal...
Toda a gente sabe que as laranjas do Algarve são as melhores.
As "calmantinas" então nem se fala, protegem-nos da gripe que é um mimo.
E assim vai a minha santa terrinha... oh Cristo...
Vestido preto
"Fiz-te a vontade e vesti-o, mas arrependi-me!
É preto e provocante, não me descreve.
Sou uma mulher moderna, levo uma vida bruta e muito masculina.
Mas fui eu que a escolhi.
Saio sempre de casa atrasada, sem maquilhagem, só com um brilho nos lábios!
Almoço num snack qualquer, encostada ao balcão, e termino com um doce, para me compensar dos outros pecados que não cometi.
A alternativa que me dás, é a de ficar em casa, a limpá-la...
e a vestir vestidos decotados ao fim de semana, passando de gata borralheira, a cinderela!
Não me apetece!
Vesti-o por ti, e não por mim...
Vê no que deu!
Passámos a noite a embirrar um com o outro, eu e o vestido.
Querias-me frágil e sedutora, mas eu comecei a noite com uma malha nas meias, logo à saída do carro.
E, logo à entrada da festa, perdi a capa do sapato, o que me fez dançar toda a noite coxa...
Durante o jantar, sujei a manga com o molho da carne...
Não sou frágil, nem sedutora, nem sequer divertida...
Só me ri uma única vez, e foi quando olhei para ti, e dei de caras com o teu olhar desapontado!
Desiste!!
Não me voltes a pedir, depois de um dia de trabalho, que me mascare de Marilyn Monroe. Não me diverte, ela morreu sozinha, com a cara suja de rimel, e o estômago cheio de remédios.
Foi triste!
Fez tudo o que os homens lhe pediram, até operações ao maxilar, para ficar mais bonita...
Mas isso não é coisa que vos preocupe, ou vos tire o sono, saber porque ela se matou!
Não sei quem vai ganhar esta batalha, se ela se eu...
Eu continuarei a sair de casa, todas as manhãs, atrasada, e desmaquilhada, não sou estrela, tens de perceber isso, sou uma mulher do meu tempo, cansada e apressada, e a única coisa que peço é que me deixem ser eu...
Prefiro ver-te a olhar para todas as miúdas com os ombros e o umbigo à mostra, arriscando-me a que um dia, corras atrás de uma delas..."
[Rita Ferro]
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Coisas do passado
O Sol já acordou...
Lá fora, o vento sopra com agressividade...
Aqui, dentro do meu mundo... O sono não chegou!...
Passados tantos anos, ainda sinto a tua ausência!
Sentada no chão, guardo na mão, uma folha de papel...
Amachucada pelo tempo, e pelas vezes que tentei jogá-la fora, sem sucesso.
Não consigo, livrar-me de três palavras, que deixaste escritas...
"NÃO LEVO NADA"
Naquele dia, li e tornei a ler...
Fiquei incrédula,
Paralisada, Confusa, Revoltada.
Não! Não podia ser.
Não podias ter saído da minha vida, assim...
Sem um beijo de despedida.
Sem um abraço
Sem um adeus
Sem um motivo
Deixaste-me só!
Desesperadamente só!
Lá fora o vento não dá tréguas às árvores que roçam com seus ramos a minha janela, mantendo-me acordada...
Lentamente abro a mão, e a folha cai no chão...
E, pela milésima vez, leio a frase...
"NÃO LEVO NADA"
Não levaste nada?????????
Como te enganas...
Levaste tudo!
Levaste a minha juventude, os meus sonhos, as minhas esperanças, a minha alegria, o meu sorriso, e levaste também a minha capacidade de amar, de acreditar...
Mas hoje descobri que já consigo recordar o passado sem chorar!
Acho que esgotei as lágrimas.
Esta manhã, em que pela primeira vez, consigo escrever sobre o assunto, elas já não caíram.
Secaram de desgosto.
Lá fora o vento acalmou...
O meu coração está mais leve.
Voltei a sorrir.
Um dia ainda vou olhar, para a tua carta, e concordar contigo...
NÃO LEVASTE NADA!
ABSOLUTAMENTE NADA!
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Reciclando...
Lembro-me
dos teus olhos cor de mar, (dizias que era por viveres perto do oceano) do teu
sorriso aberto, mas lembro-me principalmente do teu olhar, aquele onde
escondias todos os sonhos do teu mundo.
E
o mundo era o teu grande sonho!...
Falavas
dele como se o conhecesses, mas nunca tinhas saído do bairro onde
morávamos, os jornais mostravam uma realidade que tu querias fosse a tua…
E
de olhar perdido no horizonte, sonhavas com o dia em que serias um
grande jornalista, um contador de “estórias”, um escritor de sonhos…
No
fundo eu sabia que te perderia para uma qualquer página de um daqueles jornais
que tão avidamente sorvias com o olhar…
Aquele
olhar de menino rebelde que eu tanto amava.
Ainda
sinto o calor dos teus lábios a limpar-me as lágrimas depois de um qualquer
desgosto adolescente, e prometias-me o céu…
Mas
a vida encarregou-se de matar todas as promessas.
E
um dia… partiste!
Levaste
a mochila cheia de sonhos e deixaste um coração vazio de promessas!
Penso
sempre em ti, onde estarás agora… quantos olhares já cativaste com o teu
sorriso!
A
nossa árvore ainda existe, o velho carvalho que nos acolhia ao fim da tarde
ainda guarda as nossas iniciais que tu esculpiste como símbolo do nosso amor,
as letras estão desgastadas pelo tempo, tal como eu…
Ainda
passo por lá de vez em quando na esperança de te encontrar um dia…
Imagino
se ainda te lembrarás de mim… Se tal como eu sentes saudade de tudo o que o
velho carvalho representava para nós…
Leio
cada reportagem tua, na expectativa de me encontrar nas entrelinhas…
Procuro
a tua saudade a cada palavra que escreves… Mas só falas em guerra, fome,
catástrofes e morte…
Suponho
que ainda terás os olhos cor do mar, embora vivas longe do oceano, e que o teu
sorriso ainda fará palpitar corações…
Hoje
olho-te à distância de um passado que o tempo teima em não deixar esquecer…
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Gente pobre...
Há pessoas que não se convencem que
entre a frontalidade e a má educação
a diferença pode ser muito pequena.
Há pessoas que não se convencem que não podem dizer tudo o que lhes passa pela
cabeça
porque a liberdade delas acaba onde começa a dos outros.
Há pessoas que não se convencem que tudo nesta vida tem consequências!
domingo, 18 de janeiro de 2015
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Quando a emoção não tem juízo...
Eu tento e tento e planeio e prometo e penso e repenso que para a próxima
"não vou ser emocional" e "vou controlar as minhas reacções de
uma forma política".
Tento, tento muito, mas depois na hora H, lá se vão
as notas mentais e simplesmente fico "eu" na minha transparência de
sentimentos e reacções.
E hoje mais uma vez infelizmente fui assim....
Aiii tenho que aprender, tenho, tenho!
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Há dias assim.
Terríveis...
Dias que não chegam ao fim e quando chegam, parece que ainda nem
começaram.
A cabeça num rodopio, os nervos miudinhos a aflorarem a pele.
Dias como o de hoje em que só queria...
Não sei. Nem sequer sei o que queria.
Talvez que tudo ficasse suspenso.
Como os jardins da Babilónia em jeito de maravilha.
Como quando em crianças inspiramos muito antes de mergulhar e nem
sabemos o que aconteceu, como se não existíssemos lá em baixo.
Apenas sabemos que estivemos debaixo de água quando os olhos
aflitos e a respiração a encher de rompante os pulmões, quando já à tona de
água.
Como um inspirar de vida e depois, nada.
Ir ali só para morrer um bocadinho e depois voltar.
Sabem como é?
Talvez que o mundo parasse.
O relógio ficasse quieto, que ao meu redor tudo ficasse mudo.
Para não ouvir.
Para não sentir.
Para não falar.
Para não pensar.
Não sorrir.
Não amar.
Nada.
Ficar encolhida num canto sem medo de nada porque nada mexe, nada
avança, nada existe.
Quieta apenas.
Dias em que pudesse por momentos, não viver.
Hoje, não me apetece viver.
Sem que isso signifique morrer ou querer morrer.
Deve soar-vos estranho.
Mas hoje, nem sequer quero explicar...
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Porque existem pessoas assim...
Que se intitulam de frias, insensíveis, desbocadas, directas...
blá...blá..blá...
Mas no fundo têm um coração do tamanho do mundo
Como tu
Obrigada Mam'Zelle por te lembrares de mim :)
[Afinal não sou tão má pessoa quanto aparento]
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Ai a merda...
(dou um doce a quem me descobrir aí...)
Os karmas estão de mal comigo, estão mesmo. Sabem aquele nhó nhó nhó super fixe que diz que acidentalmente nos podemos cruzar com alguém que já não estamos a
espera, lindas, arranjadas e com uns 10cm em cada pé; aquela coisa gira de
recebermos uma chamada ou mensagem de alguém quase esquecido e que nos faz
pensar "sou mesmo boa, mesmo já estando nas tintas para ti"; sei lá,
coisas dessas... que só acontecem nos filmes, e nunca na minha rica vida. Quando já
começo a acreditar que isso não existe,e que se calhar sou mesmo eu que tenho de
manipular um ou outro acontecimento, qual estratega de alto gabarito, eis que o
destino lá vem e diz:
"calma lá miúda que aqui estou eu para te presentear, só
vais é estar descabelada e "mal" vestida".
E foi mais ou menos
isto que aconteceu...
Vou sempre à pressa para o gym, sim já desisti de chegar a horas porque há
sempre qualquer contratempo e, parecendo que não, enquanto corro vou fazendo um
pré aquecimento. Hoje não foi excepção. Vesti-me em cinco minutos (só por aí
mostra que não deu para escolher o melhor outfit) e pus-me lá noutros cinco. Ligo-lhe e ela não me
atende. Pronto, não é hoje que pomos a conversa em dia mas lá continuei rumo à
inesperada desgraça. Passo por ele mas não quis crer. Sósias pensei eu. Fui
buscar o material, pus-me pronta e lá passa a criatura. "Não, claro que
não é ora essa. Lá por lhe conhecer bem as feições, e a altura e...(nada mais
infelizmente), não quer dizer que seja ele". O meu esforço foi notável,
não quis confirmar mas mentalizava-me que de todas as vezes que nos podíamos
ter cruzado não ia ser ali. Eu não merecia tamanha crueldade - pois, achei eu.
Era, confirmou-se. Duas ou três piadas e um desfile digno de passerelle depois,
lá se confirmou. O meu tão querido admirador estava ali e mais uma vez
passar por mim cabisbaixo, que é o que faz de melhor. Pior seria se fizesse a minha
aula, confesso, mas lá se pôs a andar antes dela começar - bendito seja.
Bem, eu posso não ter estado na minha
melhor forma (se bem que tem de haver algum realce interessante no conjunto
de leggings e t-shirt -
se encontrarem-no digam-me por favor), mas, cá entre nós, espero que engordes
os tais 20 kg e não escolhas mais o meu gym para te livrares deles.
Afinal de contas, eu
cheguei primeiro.
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Como uma criança reage ao lhe pedirem para esbofetear uma rapariga...
Afinal ainda há esperança nos cromossomas XY do futuro...
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
Isto sim é sofrer...
Sofrer em silêncio não é termos perdido o amor da nossa vida.
Sofrer em silêncio não é ninguém gostar de nós.
Sofrer em silêncio não é termos saudades de alguém.
Sofrer em silêncio é bater com o dedo molhado e gelado com toda a
força contra uma superfície super dura, e não poder gritar em plenos pulmões 54
asneiras seguidas.
Isso sim, é sofrer em silêncio.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Epahh adoro esta foto... tinha de lhe dar uso!!!
Já estou cansada de ouvir o comentário:
"Tu tens cá um feitio" dito por várias bocas, ao
longo dos tempos.
E também é verdade que eu própria assumo, com leveza e até
orgulho, os aspectos vincados da minha personalidade.
Mas juro que nunca tinha
percebido ser capaz de me tornar intimidante aos olhos dos outros.
And it came
as a surprise.
Devo ter andado a fazer alguma coisa errada, só pode.
Talvez um dia me descubram diferente...
Talvez um dia me descubram diferente...
Quando alguém se der ao trabalho de olhar
para além das aparências...
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