O amor morre quando deixamos de inventar futuros.
Há um dia em que o peito
deixa de estrebuchar com ganas e achamos normal. E depois vamos andando, meio
aos poucochinhos, sem olhar fundo nos olhos do outro.
Quando damos por ela, não
usamos mais do que quatro palavras para ter uma conversa inteira.
Na verdade,
chega bem para o que somos. Tudo tão a custo.
O sexo acontece às vezes, normalmente à sexta-feira, quando não é preciso levantar cedo no outro dia. É coisa triste de ver, dois corpos deitados e sem ideias, meio aos estremeções, pálpebras cerradas para não cegarem na poeira um do outro. Dói muito o sexo quando só é feito com o corpo! As tardes, essas são mais alegres quando a chuva cai. Pelo menos ouve-se um bocadinho de voz. Uma espécie de nuvens a cantar... a remendar silêncio. O verdadeiro deserto deve ser esse, duas pessoas fundidas, sem som nem caminho, a esperar que alguém dotado de sonhos as leve ao espanto... a amar do corpo para fora! Viver, também é morrer às vezes.
O sexo acontece às vezes, normalmente à sexta-feira, quando não é preciso levantar cedo no outro dia. É coisa triste de ver, dois corpos deitados e sem ideias, meio aos estremeções, pálpebras cerradas para não cegarem na poeira um do outro. Dói muito o sexo quando só é feito com o corpo! As tardes, essas são mais alegres quando a chuva cai. Pelo menos ouve-se um bocadinho de voz. Uma espécie de nuvens a cantar... a remendar silêncio. O verdadeiro deserto deve ser esse, duas pessoas fundidas, sem som nem caminho, a esperar que alguém dotado de sonhos as leve ao espanto... a amar do corpo para fora! Viver, também é morrer às vezes.
(...)
Telmo Mendes
Lindo! :)
ResponderEliminarBjocas
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